terça-feira, abril 18

nunca foram meus os olhos
que com os meus se cruzaram
nem meus foram os lábios
que, sedentos nos meus pousaram

nunca foram meus os braços
que o meu corpo aconchegaram
nem meus foram os dedos
que com os meus se entrelaçaram

sobra agora o amor que canto
em poemas de
dor
desespero e
pranto
a esperança é quimera
sombras, sonhos, desencantos
[brisa...
silêncio...]

Como se fosse preciso...

Como se fosse preciso
para guardar de ti,
o teu riso
levar de ti,
um pertence...
carrego comigo
o teu gesto
levo gravado
o teu rosto
escrevo, sublinho
o teu nome
como se o tempo nos afastasse
como se fosse possível...
(encho de nada o teu espaço)
como se fosse preciso...