sexta-feira, março 17

Para a Maria

os versos mais belos
apagam-se cedo
ainda na mão
apaga-os o medo
sempre em segredo
...morrem em vão
nem seca a tinta
dos versos ardentes
mas deixa sementes
caídas no chão...
Pobre trigo em farinha
que não chegou a ser pão...
Escuto
entre os versos que risquei,
rascunhos de um poema amarelecido
sussurros...
esboços de um sorriso
esquecido
sombras de um rosto
vagueando, ocultas
no vento.
vertigem...